Resenha: Eleanor &
Park
Título: Eleanor &
Park
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Novo século
Páginas: 325
Classificação: 4
estrelas
Resumo:
Eleanor & Park é engraçado, triste sarcástico, sincero e, acima de tudo
geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de 16
anos. Park, descendente de coreano e apaixonado por música e quadrinhos, não
chega a ser exatamente popular, mas não consegue ser incomodado pelos colegas
da escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela
pensa em si mesmo como gorda), é filha mais velha de uma problemática família.
Os dois se encontram no
ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam
a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a
tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e
Park se apaixonem ao som de The Cure e Smiths.
Esta é uma história
sobre primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre
fadado a quebrar corações. Um amor que faz se sentir desesperado e esperançoso
ao mesmo tempo.
Este livro irá levá-lo
de volta aos dias de frio na barriga, quando achava que todo o peso do amor e
da paixão que sentia iria sufocar você, e quando apenas um segurar de mãos já
era suficiente para fazê-lo andar nas nuvens.
Resenha:
A narrativa começa com o primeiro dia de aula de Eleanor na escola nova. Mais
precisamente no primeiro dia em que ela pegou o ônibus escolar logo pela manhã.
Os alunos que estavam no ônibus começaram a tirar sarro dela, e não cederam
espaço para que a mesma pudesse sentar. O único lugar que restou foi ao lado
de Park, um garoto descendente de coreano que curte quadrinhos e bandas de
rock. Claro, que o Park não gostou da nova companhia, além de não querer sentar
perto dela por medo do Steve (valentão da escola) implicar com ele, o mesmo
também a achou esquisita.
Por fim, Park passou a ignorá-la com o intuito
de não dá espaço para uma eventual amizade. Enquanto Park está com seus fones
de ouvido, entretido lendo os seus quadrinhos, Eleanor está lendo o gibi com
ele pelo canto de olho. Quando Park que dá conta, começa a ler mais devagar
para que Eleanor pudesse ler também, e com o passar do tempo, começou emprestar
seus quadrinhos para que ela pudesse ler com mais calma em casa. Além dos
gibis, os dois começaram a conversar sobre música. Bandas como The Cure,
Smiths, U2, foram trilha sonora para esse início de amizade que rapidamente se
transformou em amor.
Eleanor se apaixonou
pelo invisível Park, Park se apaixonou pela esquisita Eleanor. Não é um conto
de fadas. Relações familiares, bullying, a descoberta do primeiro amor, a
inexperiência em um relacionamento, e outros fatores interferem para que tudo
se torne difícil, intenso e doloroso.
Minha
Opinião: A narrativa é fluida, conseguimos mergulhar na
estória e se envolver com os personagens rapidamente. Tanto a Eleanor quanto o
Park são muito bem construídos, cada um com sua personalidade, seu ponto de
vista explicitada fortemente no decorrer na narrativa, o que faz com que role
uma identificação e um carinho grande pelos dois. Os personagens secundários
não ganham tanto destaque assim, mas são também muito bem construídos, ao ponto
de os leitores conseguirem sentir empatia ou repulsa por alguns.
O mais legal, é que a
autora conseguiu trazer para o livro temas como estupro e violência domestica
para o livro. Temas que não são tratados com freqüência no mundo literário. Mas
não vão pensando que tudo são flores, pois é nesse ponto que, na minha opinião,
a autora peca. A Rainbow conseguiu fazer com que a vítima fosse taxada de
culpada, ou seja, colocou na VÍTIMA, toda a culpa por está sofrendo tais
agressões, ao ponto de eu mesma em certos momentos, culpar a vítima por tudo
que ela e as outras pessoas estavam passando.
Quando uma mulher,
homem, criança sofre agressões domésticas e demoram para denunciar, ou colocar
um fim na situação, não é porque ela (e) gosta de sofrer.
Uma série de fatores fazem com que a vítima se intimide de dá um basta na
situação, seja por ameaça verbal, física, entre outros.
A mesma coisa acontece no livro, a personagem
(não quero dá spoiler kkk) não consegue se livrar do agressor por diversos
fatores, e no livro houve claramente uma inversão de papéis. Outra coisa no
qual eu me decepcionei bastante foi com o final. A sinopse entrega logo de cara
que vai acontecer alguma tragédia, mas não imaginava que essa tragédia fosse se
dá de uma forma tão sem nexo. Eu esperei tanta coisa, supus tantas coisas,
criei tantas teorias, mas a autora deu em tapa na minha cara, e colocou uma
coisa totalmente cruel, e o pior de tudo: sem uma explicação convincente para o
ocorrido.
Mas não é de todo o
ruim, eu ri, chorei, torci e me diverti bastante lendo-o, e é o tipo de estória
que eu indicaria fácil, pois o romance é muito doce, não tem aquele
clichê de ”amor a primeira vista”, pelo contrário, se dá de uma forma
gradativa, e além do mais, quebra com o estereótipo de menino popular se
apaixona pela menina “loser”. Isso foi o que eu mais gostei. Tornou os
personagens muito mais humanos e comuns. Enfim, é uma bela estória, que tem
seus escorregões, mas que não deixa de ser emocionante e belo.
Achei interessante o ponto de vista que você usou para escrever a resenha. Não sabia que tinha todo esse lado trágico no livro. Nas outras resenhas que li sobre ele só fiquei sabendo que havia um romance entre os personagens.
ResponderExcluirLeitores Forever
O livro foca mesmo no romance, Cris. Mas tbm traz assuntos polêmicos !!!
ExcluirQuero muito ler.
ResponderExcluirTodo mundo fala bem, mas dizem que ficou meio "blé" o final.
Da autora eu AMEI Fangirl!
É fantástico.
Já leu?
Beijooos
www.casosacasoselivros.com
O final é muuuito escroto, Teca. Me decepcionei super :(
ExcluirNunca li Fangirl. Fiquei meio que com trauma de ler mais alguma coisa da Raibow kkk
Bjs.